13°| 27/04/2012, sexta-feira @ Memphis => New Orleans / Jazz Fest
Acordamos cedo, e pelas 7h pegamos a Estrada em direção a New
Orleans, Louisiana. Passada no posto pra abastecer o carro e comer um Subway de
café da manhã. Um chimarrão para acordar desceu muito bem.
Para chegar em New Orleans a gente passa por uma das maiores estrada por cima da água do mundo. Chega ser meio bizarro, porém muito legal.
O grande esquema de sair cedo foi para chegar a tempo de ver
o show do Chuck Leavell (pianista dos Stones, e antigo pianista do Allman
Brothers) e o primeiro show da reunião de 50 anos dos Beach Boys.
Chegamos no início da tarde no hostel que ficaríamos em New
Orleans. Parecia a casa da Família Adams. Lugar muito bisonho. Inclusive,
depois descobrimos que o local era um antigo orfanato. E os hóspedes e staff
eram os mais bizarros possíveis. O quarto era uma verdadeiro lixo, e o box do
banheiro parecia uma capsula do tempo.
Trono tem até plataforma |
Dentro da cápsula |
Antigo orfanato e atual Guesthouse |
Mas tudo bem, chegamos, demoramos um pouco até conseguirem
fazer os trâmites, largamos nossas coisas e fomos (de bus) em direção ao NewOrleans Jazz Festival, ou Jazz Fest.
O festival começa às 11h e vai até às 19h. O lugar é
gigante. É um hipódromo. São diversos palcos e muitas atrações. Aos poucos vou
explicando melhor.
Chegamos na hora pra ver o Chuck Leavell, que tocava na
Blues Tent. O cara é muito mestre. Detonou muito. De cara tocou “Statesboro
Blues” na versão do Blind Willie McTell. Tocou alguns sons do Allman, alguns
dos Stones, alguns clássicos e outras próprias. Ele tava acompanhado do trio de
trombones do Bonerama. Deixou o clima bem legal. O show foi muito legal. O
vocal com o tempo fica um pouco cansativo, mas o piano é demais.
Chuck Leavell |
Banda completa |
Antes do término do show já fomos em direção ao palco que os
Beach Boys iriam tocar. Como disse, o lugar é muito grande, e estávamos
perdidos. Sorte nossa que o palco era bem perto da onde estávamos.
Nessa caminhada fomos procurar lugar para almoçar (às 17h).
O Jazz Fest, além de ser um festival de música, é um festival de gastronomia.
Tem muito lugar para comer. Muita comida diferente para experimentar. Como
estava na corrida nem procuramos tanto. Fui direto no “Guil's 'Gator”. Basicamente um sanduíche de jacaré a milanesa com jalapeños e cebolas fritas. Não tem muito mistério, mas o pão é
diferente, e muito bom. E a carne de jacaré a milanesa é muito boa. Mesmo. Me
lembrou um camarão com frango, de repente. Mas é um gosto de jacaré. Fiquei surpreso.
A tenda |
O rango |
Pelas 17:30 começou o show dos velhos. Estávamos num lugar
bem bom. Podíamos assistir o show sem precisar a ajuda do telão. Quem
apresentou a banda foi o John Stamos (aquele cara que fazia um roqueiro no Full
House). Ele parece muito amigo dos caras, dizem que foi uma das pessoas que
mais apoiou e lutou para essa reunião. Mas bah, o cara queria aparecer o tempo
inteiro. Fez participações (na bateria, guitarra e bongô) em alguns sons. Fazia mais balaca que o Tommy Lee.
Mas enfim...
O show tava bem massa. Aquele climão surf dos anos 60. Todo
mundo dançando, sorrindo, cantando junto. Demais. Brian Wilson não abriu um
sorriso e não olhou para ninguém da banda. Igual nas antigas. Mike Love tá com
a voz igual.
Além dos 5 da banda original, havia uma banda de apoio. E
que banda. Era uma big band de apoio. Devia ter uns 3 guitarristas, outro
baixista, pianista, tecladista, baterista, percussionista e sei lá mais quem.
Fiquei muito com a impressão que a única coisa que saia dos Beach Boys mesmo
eram as vozes, o resto era da banda de apoio. Mas isso não deixou o show menos
legal. Eles realmente estão velhos, bem vôzinhos. E só por estarem ali valeu
muito. Momento histórico.
Beach Boys |
Mike Love tirou uma morena da platéia para dançar |
Brian Wilson sempre sorridente |
Fim de show e era de voltar correndo pro hostel para fazer
uma noite em New Orleans.
Fomos para o Rock and Bowl. Um bar/casa de shows que tem
pista de boliche de um lado e palco/bar do outro, mas tudo junto, luz acesa, salão
grande para poder dançar e garçonetes gostosas. Um lugar muito bom para se
curtir. Lá estava tocando o Royal Southern Brotherhood. Banda "nova" que estava
para lançar o seu primeiro disco, mas só com macacos veios. Devon Allman
(guitarra/vocal), filho do Gregg, Yonrico Scott, ex-batera da Derek Trucks
Band, Cyril Neville (percussão/vocal), do Neville Brothers e que tocou durante
um tempo com o The Meters, mais o Mike Zito (guitarra/vocal) e Charlie Wooton
(baixo), estes eu não conhecia.
Chegamos na metade do show deles. Mesmo assim valeu. Os
caras, como músicos, tocam demais, e as músicas da banda são muito boas. A
banda é extremamente coesa. Tocando junto, fazendo jams, etc. O clima era de
festa. Vimos mais alguns shows deles, por inteiro, que fica mais fácil de
comentar posteriormente.
RSB em ação |
Acabado o show, como bom groupie, fui tirar fotos com os
caras. Todos humildes, recolheram as próprias coisas (exceto o Devon)e ficaram
no meio da galera por um tempo. Depois de ter tirado foto com o Devon e com o
Yonrico, ter comprado o disco e a camiseta, fui tirar uma foto com o baixista,
o Charlie Wooton. Trocamos uma ideia rápida. Expliquei da onde nós éramos era e
porque estávamos lá. O cara pirou. Ele é apaixonado pelo Brasil e é muito
parceria. Trocamos e-mails e telefones. Ficamos de manter contato para ele nos
dar umas dicas sobre a verdadeira New Orleans, não as coisas de turista.
Com Charlie Wooton |
Com Devon Allman |
Continuamos na festa. O cansaço estava batendo de forma
bruta. Sentamos e comemos um hamburger.
Rolou o show do Eric Lindell. Blues com
pegada da Louisiana. Bem bom, mas um tanto repetitivo. A gente não estava
conseguindo mais processar mais muitas informações.
Depois ainda rolou show do Tab Benoit (Tab Benoá). O cara
canta bem e faz um som legal, mas foi impossível passar da quarta música devido
ao cansaço. Pagamos a conta e voltamos para o nosso lindo hostel.
:^)
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