segunda-feira, 1 de abril de 2013

New Orleans, Louisiana


13°| 27/04/2012, sexta-feira @ Memphis => New Orleans / Jazz Fest


Acordamos cedo, e pelas 7h pegamos a Estrada em direção a New Orleans, Louisiana. Passada no posto pra abastecer o carro e comer um Subway de café da manhã. Um chimarrão para acordar desceu muito bem.

Para chegar em New Orleans a gente passa por uma das maiores estrada por cima da água do mundo. Chega ser meio bizarro, porém muito legal.

O grande esquema de sair cedo foi para chegar a tempo de ver o show do Chuck Leavell (pianista dos Stones, e antigo pianista do Allman Brothers) e o primeiro show da reunião de 50 anos dos Beach Boys.

Chegamos no início da tarde no hostel que ficaríamos em New Orleans. Parecia a casa da Família Adams. Lugar muito bisonho. Inclusive, depois descobrimos que o local era um antigo orfanato. E os hóspedes e staff eram os mais bizarros possíveis. O quarto era uma verdadeiro lixo, e o box do banheiro parecia uma capsula do tempo.

Trono tem até plataforma

Dentro da cápsula

Antigo orfanato e atual Guesthouse

Mas tudo bem, chegamos, demoramos um pouco até conseguirem fazer os trâmites, largamos nossas coisas e fomos (de bus) em direção ao NewOrleans Jazz Festival, ou Jazz Fest.

O festival começa às 11h e vai até às 19h. O lugar é gigante. É um hipódromo. São diversos palcos e muitas atrações. Aos poucos vou explicando melhor.

Chegamos na hora pra ver o Chuck Leavell, que tocava na Blues Tent. O cara é muito mestre. Detonou muito. De cara tocou “Statesboro Blues” na versão do Blind Willie McTell. Tocou alguns sons do Allman, alguns dos Stones, alguns clássicos e outras próprias. Ele tava acompanhado do trio de trombones do Bonerama. Deixou o clima bem legal. O show foi muito legal. O vocal com o tempo fica um pouco cansativo, mas o piano é demais.

Chuck Leavell

Banda completa

Antes do término do show já fomos em direção ao palco que os Beach Boys iriam tocar. Como disse, o lugar é muito grande, e estávamos perdidos. Sorte nossa que o palco era bem perto da onde estávamos.
Nessa caminhada fomos procurar lugar para almoçar (às 17h). 

O Jazz Fest, além de ser um festival de música, é um festival de gastronomia. Tem muito lugar para comer. Muita comida diferente para experimentar. Como estava na corrida nem procuramos tanto. Fui direto no “Guil's 'Gator”. Basicamente um sanduíche de jacaré a milanesa com jalapeños e cebolas fritas. Não tem muito mistério, mas o pão é diferente, e muito bom. E a carne de jacaré a milanesa é muito boa. Mesmo. Me lembrou um camarão com frango, de repente. Mas é um gosto de jacaré. Fiquei surpreso.

A tenda

O rango

Pelas 17:30 começou o show dos velhos. Estávamos num lugar bem bom. Podíamos assistir o show sem precisar a ajuda do telão. Quem apresentou a banda foi o John Stamos (aquele cara que fazia um roqueiro no Full House). Ele parece muito amigo dos caras, dizem que foi uma das pessoas que mais apoiou e lutou para essa reunião. Mas bah, o cara queria aparecer o tempo inteiro. Fez participações (na bateria, guitarra e bongô) em alguns sons. Fazia mais balaca que o Tommy Lee. Mas enfim...

O show tava bem massa. Aquele climão surf dos anos 60. Todo mundo dançando, sorrindo, cantando junto. Demais. Brian Wilson não abriu um sorriso e não olhou para ninguém da banda. Igual nas antigas. Mike Love tá com a voz igual.

Além dos 5 da banda original, havia uma banda de apoio. E que banda. Era uma big band de apoio. Devia ter uns 3 guitarristas, outro baixista, pianista, tecladista, baterista, percussionista e sei lá mais quem. Fiquei muito com a impressão que a única coisa que saia dos Beach Boys mesmo eram as vozes, o resto era da banda de apoio. Mas isso não deixou o show menos legal. Eles realmente estão velhos, bem vôzinhos. E só por estarem ali valeu muito. Momento histórico.

Beach Boys

Mike Love tirou uma morena da platéia para dançar

Brian Wilson sempre sorridente

Fim de show e era de voltar correndo pro hostel para fazer uma noite em New Orleans.

Fomos para o Rock and Bowl. Um bar/casa de shows que tem pista de boliche de um lado e palco/bar do outro, mas tudo junto, luz acesa, salão grande para poder dançar e garçonetes gostosas. Um lugar muito bom para se curtir. Lá estava tocando o Royal Southern Brotherhood. Banda "nova" que estava para lançar o seu primeiro disco, mas só com macacos veios. Devon Allman (guitarra/vocal), filho do Gregg, Yonrico Scott, ex-batera da Derek Trucks Band, Cyril Neville (percussão/vocal), do Neville Brothers e que tocou durante um tempo com o The Meters, mais o Mike Zito (guitarra/vocal) e Charlie Wooton (baixo), estes eu não conhecia.

Chegamos na metade do show deles. Mesmo assim valeu. Os caras, como músicos, tocam demais, e as músicas da banda são muito boas. A banda é extremamente coesa. Tocando junto, fazendo jams, etc. O clima era de festa. Vimos mais alguns shows deles, por inteiro, que fica mais fácil de comentar posteriormente.

RSB em ação

Acabado o show, como bom groupie, fui tirar fotos com os caras. Todos humildes, recolheram as próprias coisas (exceto o Devon)e ficaram no meio da galera por um tempo. Depois de ter tirado foto com o Devon e com o Yonrico, ter comprado o disco e a camiseta, fui tirar uma foto com o baixista, o Charlie Wooton. Trocamos uma ideia rápida. Expliquei da onde nós éramos era e porque estávamos lá. O cara pirou. Ele é apaixonado pelo Brasil e é muito parceria. Trocamos e-mails e telefones. Ficamos de manter contato para ele nos dar umas dicas sobre a verdadeira New Orleans, não as coisas de turista.

Com Charlie Wooton

Com Devon Allman

Continuamos na festa. O cansaço estava batendo de forma bruta. Sentamos e comemos um hamburger. 

Rolou o show do Eric Lindell. Blues com pegada da Louisiana. Bem bom, mas um tanto repetitivo. A gente não estava conseguindo mais processar mais muitas informações.

Depois ainda rolou show do Tab Benoit (Tab Benoá). O cara canta bem e faz um som legal, mas foi impossível passar da quarta música devido ao cansaço. Pagamos a conta e voltamos para o nosso lindo hostel.

:^)

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