terça-feira, 26 de março de 2013

Going down to Memphis

11°| 25/04/2012, quarta-feira @ Nashville => Memphis

Acordamos cedito pra levar a Gabi no aeroporto. Era o momento de nos separarmos. Ela rumava ao norte em busca de glamour em New York, e Thais e eu em busca de mais música.

Como era muito cedo mesmo, tipo 6 da manhã, a gente voltou para dormir mais. Pelas 10h a gente saiu do albergue. Larguei a Thais no museu do Country e fiquei dando banda pelo centro da cidade. Não pilhei do museu porque era muita grana, e não sou tão fã assim de country para desvendar a história, a música me basta. E realmente a cidade é muito massa.

Hall de entrada do Museu do Country

Broadway de dia.

Uma das melhores placas de todas

Depois de visto pedaço do museu (porque deve ter que ficar um dia inteiro por lá) pegamos a estrada rumo a Memphis. Nesse caminho a gente viu pela segunda vez uma casa na estrada, estilo "Máquina Mortífera". Almoçamos na estrada mesmo. Pegamos um McDonald’s que era o mais rápido e fomos comendo no carro. Não gosto muito de McDonald’s e muitas vezes não me desce muito bem. Esse com certeza não desceu.

Passamos do lado do caminhão e gritamos: "Riiiiiggs"!!!

Chegamos no hostel, só largamos as tralhas. Eu dei uma passada no banheiro, e seguimos para Sun Records.

Como disse antes, Mc não desceu bem. Fomos a pé até a Sun Records, que era perto (1 km) do hostel. Cheguei no lugar e fui direto ao banheiro de novo. E posso dizer uma coisa com orgulho: eu sentei no trono que o rei costumava sentar!

Hall de entrada. O banheiro é na segunda porta à esquerda

A Sun Records é simplesmente muito afudê! Tivemos sorte de chegar bem na hora da visita guiada. O lugar não é grande, porém cheio de história. Passamos por um hall com uma pequena exposição da evolução da gravadora e do estúdio. Depois fomos pro estúdio em si.

Sam Philips, o criador/dono/compositor/produtor/etc.

Chega a ser bizarro a energia que uma única sala pode ter. Imaginar Elvis, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, Howlin’ Wolf e tantos outros gravando suas primeiras músicas ali é muito maluco.

O estúdio está intacto, em perfeitas condições. Bateria, piano e microfones estão lá, e segundo a guia são os mesmos dos anos 50. Valeu a pena acreditar. Tem também um violão com uma nota de dólar para demonstrar a "técnica" do Johnny Cash na hora de gravar "I Walk The Line".

Visão geral. Thais de Elvis, e eu de The Killer


Técnica de Johnny Cash

Para quem ainda não conhece a história da Sun Records vale a pena procurar e conhecer. Depois de visitar o lugar deu pra entender muita coisa, principalmente o porquê vários artistas voltaram a frequentar o estúdio nos anos 80 em busca de inspiração e energia.

Fachada do estúdio/gravadora

Avenida com o nome do mestre

Retornamos pro hostel para uma pestana e um banho. O hostel era bom. Tinha uma TV no quarto, frigobar, banheiro grande, lockers e dois beliches. As camas eram ruins e faziam um barulhão cada vez que alguém se mexia.

De noite fomos para Beale Street. Umas das ruas mais legais do planeta. Parece o calçadão de Tramandaí, porém no lugar de sorveterias tem bares de Blues. É uma das poucas ruas nos Estados Unidos inteiro que se pode beber cerveja a vontade. O pessoal por lá vende ceva nuns copos gigantes de uns 750ml (tamanho do copo do Michael Jackson) em umas barraquinhas por tudo que é canto da rua. Esse copão é conhecido como Big Ass Beer.

Beale St.

Naquele dia estava rolando um encontro de motos. Ou seja, rua cheia. Curioso foi ver muitos, mas muitos negros em diversos motoclubes, e brancos, muitos brancos, em diversos outros. Todos viviam em paz, mas não se misturavam. E era notável a diferença entre as motos. Só motão, a maioria Harley, as dos brancos eram clássicas, sem muitas alterações, já as dos negros sempre tinha algum neon e som.

Algumas das motos

Caminhamos um tempo pela rua tomando umas cevas para conhecer. Sentamos para comer um pratão de Nachos com porco, especialidade de Memphis (o porco, não os nachos). Muito bom. Depois começamos a peregrinação dos bares. É muito bom e prazeroso ficar entrando de bar em bar, tomando cerveja e só curtindo blues. Terminamos a noite no Rom Boogie, um bar cheio de guitarras, violões e baixos pendurados no teto. Lá tava tocando Ghost Town, banda de blues muito legal com um vocalista pra lá de bebum, mas que cantava e tocava muito, e era realmente muito engraçado. Excelente descoberta. 

Algum bar por lá

Rom Boogie

Ghost Town

Depois disso fomos embora, daquele jeito, e quase sem ninguém na rua. Na chegada do hostel um mendigo chegou nos pedindo uma grana de uma jeito não muito amigável. Mas também não veio com tudo. Não demos nada, ele ficou meio brabo e ficou por isso. Foi a primeira vez que não rolou aquela sensação de segurança.

Boa noite. :^)

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